Marcinho Beija-Flor é o goleador absoluto do Oeste
(Foto: Divulgação)
É possível um time viver apenas dos gols de um jogador? Sim! O Oeste está mais do que satisfeito por ter um atacante que "para no ar" e empurra a bola para a rede. Desde que chegou ao time de Itápolis, Marcinho Beija-Flor fez apenas quatro jogos pela Série D, mas não perdeu tempo e marcou todos os sete gols do time na competição, isolando-se na artilharia do torneio. A equipe já é vice-lider do grupo A7, com duas vitórias, um empate e uma derrota.(Foto: Divulgação)
A média de Marcinho é maior até do que a de Borges, do Santos, líder entre os goleadores da Série A: o atleta do Oeste tem média de 1,75 gol por jogo, contra 0,83 do santista. Ele está, literalmente, voando alto. Foi de cabeça que anotou três dos seus sete tentos. A habilidade na bola aérea é tamanha que o apelido de Beija-Flor pegou.
- Foi uma brincadeira porque sou baixinho, tenho boa impulsão e, quando subo para o cabeceio, fico no ar. O apelido surgiu aqui. Agora todo mundo fica no meu pé. Enquanto estiver fazendo gol está bom. Ninguém me chama de fominha. Até rolam umas brincadeiras com os companheiros de time. Eu falo: "vocês precisam me ajudar mais, porque ainda está pouco" (risos). Fazer todos os gols pode causar ciúmes, mas o pessoal assimilou muito bem. Quem tem de decidir é o atacante mesmo. O esquema tático tem me ajudado bastante e também estou mais experiente - conta Marcinho, em conversa com a reportagem do Globoesporte.com.
Beija-Flor tem esse apelido por 'parar no ar': o gol de cabeça é o forte dele (Foto: Divulgação)
O Beija-Flor não teve uma longa jornada até pousar em Itápolis, aos 31 anos. Ele deu seus primeiros chutes nas categorias de base do Avaí e do Figueirense, times da sua cidade natal, Florianópolis. Aos poucos, Marcinho foi deixando o ninho. Tornou-se profissional no Guarani de Palhoça, cidade vizinha à capital catarinense, e depois migrou para o futebol paulista.
Eu era muito novo, tinha 24 anos, e me deslumbrei com bebida e com mulheres. Aparecia no treino virado. Fiz muita burrada, coisa que agora não faço mais"
Marcinho
- Faltou um pouco de cabeça para mim. Eu era muito novo, tinha 24 anos, e me deslumbrei com bebida e com mulheres. Segunda-feira já tinha show, e eu emendava até não suportar mais. Aparecia no treino virado. Fiz muita burrada, coisa que agora não faço mais. Não sinto falta das baladas, das mulheres e das amizades por interesse. Isso é tudo passageiro.
O atacante mudou muito, formou família e agora só bica “néctar sem álcool”. Só o que não se alterou foi a boa visão para gols. Marcinho está, novamente, nas nuvens em Itápolis. A única coisa que o incomoda é o novo apelido. Ele até já se acostumou a ser chamado de Beija-Flor, mas não gosta da brincadeira que foi parar até mesmo dentro de casa.
- Todos me chamam assim agora. Até minha esposa (Camilla) fica tirando onda. Ela fala que eu sou o beija-flor preferido dela só para me irritar, mas é uma brincadeira sadia. Os companheiros também me zoam. Eles me deixam recados de “voa, Beija-Flor” ou “vai com tudo, Beija-Flor”. É só ganhar intimidade que dá nisso (risos), mas tem de levar na boa, porque é sem maldade.
Apesar de já ser um trintão, Marcinho tem um objetivo: ser notado no futebol nacional. Se depender do próprio retrospecto no Oeste, o jogador tem tudo para chegar às alturas em voos de sucesso.
- Quero começar do zero. Acho que ainda dá tempo. Estou agarrando essa chance aqui no Oeste com unhas, dentes, bico e asas (risos).
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